terça-feira, 29 de setembro de 2009

Táxis

Brasília toda verde e amarela
(29/09/2009 - 08:03)

JORNAL DE BRASÍLIA

29/09/09

Brasília toda verde e amarela

Carros ganham pintura nova, mas categoria não aprova medida

Gabriela Borelli

gabriela. borelli@ jornaldebra silia. com. br

Às vésperas do aniversário de 50 anos e contando os dias para a Copa de 2014, Brasília começa a ficar mais verde e amarela. É que desde a semana passada os táxis da cidade começaram a ser plotados com faixas das cores brasileiras. As faixas ajudam a identificar os veículos, além de estabelecer uma identidade visual para o serviço. A mudança, estabelecida pela Secretaria de Transporte do DF, está sendo aplaudida pela população.

Os taxistas, no entanto, alegam insatisfação com a medida. Apesar de todo o planejamento da capital federal, a frota de táxi apresentava uma das piores identificações visuais. Desde o ano passado, uma série de medidas está sendo apresentada e adotada pelos motoristas. A intenção é padronizar o serviço. "Em qualquer lugar do mundo, os táxis têm uma cor diferenciada. Aqui não podia ser diferente", ressaltou o secretário de Transportes, Alberto Fraga.

As primeiras mudanças adotadas foram a padronização das cores dos carros, que devem ser branco, cinza ou prata. Segundo a secretaria, 90% da frota já atendeu a essa recomendação. Desses, 60% dos carros são prata. Além disso, os veículos devem ter quatro portas, ar-condicionado, no máximo seis anos de vida e ser do tipo sedan, com porta-malas de 290 litros. "O táxi é um serviço público e o veículo deve ter um mínimo de conforto", pontuou Fraga.

Os motoristas também passaram por uma repaginação. Desde o ano passado, eles devem trajar esporte fino e manter a aparência pessoal adequada. Em junho desse ano, 63 desses motoristas se formaram em um curso de inglês. A ideia é que todos os taxistas do DF procurem o serviço disponibilizado pela secretaria.

A recomendação mais recente, estabelecida por decreto, é a nova programação visual da frota de Brasília. "O design é bonito e foi aprovado pela população", comentou o secretário de Transportes. Segundo ele, pesquisas mostram que a identificação da frota registra 97% de aceitação da comunidade.

No dia 1º de outubro a plotagem começa a valer de verdade. Mas, desde a semana passada, o serviço já é oferecido para os motoristas. Até a tarde de ontem, 820 taxistas tinham comparecido espontaneamente ao serviço de plotagem. Os carros identificados e que atenderem corretamente às solicitações da secretaria receberão o Selo Brasília, que permitirá que o veículo circule pelo Aeroporto e pelo Plano Piloto.

SAIBA +

Para ter o Selo Brasília, o veículo deve ter no máximo seis anos. Deve ter quatro portas e ar condicionado. Ter capacidade mínima do porta-malas de 290 litros. Deve ter cores branca, cinza claro ou prata. Deve ter a programação visual definida pela Secretaria de Estado de Transportes . O motorista deve trajar esporte fino e manter aparência pessoal adequada.

Motoristas reclamam

Apesar de todos os esforços da Secretaria de Transportes para atender aos pedidos dos taxistas, a classe não esconde a insatisfação com as novas exigências.

"A gente cumpre mas não quer dizer que estamos concordando. Já que teria que fazer isso mais cedo ou mais tarde, achei melhor fazer logo. Me livro, pelo menos, das filas", ressaltou Aldenir dos Santos. Taxista há dez anos, ele tem uma série de considerações sobre o decreto. "Concordo com todas as outras medidas, como carro novo e boa aparência", defende. Mas, segundo ele, a categoria não foi ouvida em relação ao decreto. Os colegas concordam com Aldenir.

"A gente já vai ter um prejuízo com a pintura do carro. O adesivo estraga o veículo e para arrumar não sai por menos de R$ 3 mil", reclamou Edson Estevam da Silva Filho, 34 anos e há quatro na profissão. Ele também alega que as faixas chamam mais atenção do que deviam. "É perigoso para nós que trabalhamos de madrugada", pontua.

O Sindicato dos Permissionários e Motoristas Auxiliares de Táxi do DF (Sinpetaxi) alega que o decreto da nova programação visual foi imposto sem uma posição da classe.

Segundo a presidente, Maria do Bonfim Pereira, os carros já seguem as cores padronizadas, que é uma forma de identidade visual.

ENQUETE

O que você acha da nova identidade visual para os táxis da cidade?

"Eu vejo com bons olhos a padronização. É uma medida muito boa para poder identificar pelas ruas os carros que prestam o serviço" Albino Teixeira, 52 anos, bancário

"Gostei muito das faixas verde e amarelo. Acho muito importante esse tipo de identificação. Torna o serviço mais ágil e mais rápido"Solange Alexandre dos Santos Oliveira, 43 anos, secretaria- executiva

"Acho interessante. Em outras cidades, como Porto Alegre, já é assim. É bom para que os aproveitadores não façam uso errado da lei que dá benefícios aos motoristas" Alaor Pereira, 45 anos, bancário

"Com as faixas, os carros ficam bem identificados. Só as placas deixam a identificação confusa. A sinalização é pequena e escondida" Claudione Nogueira, 35anos, vendedora

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Trem do Entorno

Antigas estações da linha Brasília/ Luziânia são saquedas

Renato Alves

Publicação: 28/09/2009 09:12 Atualização: 28/09/2009 14:59

Aos 60 anos, Ivan Abadia tenta tirar o mato ao redor das nove casas que ajudou a erguer no início da juventude. O homem de pouco estudo, que à noite trabalha como vigilante e de dia faz bicos para engordar a renda, sempre morou na área rural de Luziânia. Viu a chegada dos candangos. Participou da construção de Brasília carregando cimento, areia e brita usados na construção da vila em torno de uma das três estações à margem da linha férrea criada para transportar passageiros da nova capital a Goiás e, de lá, para Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Desde a extinção do serviço(1), há 15 anos, Ivan e outros moradores da região testemunham o abandono e os saques ao patrimônio da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), a estatal que controlava os trens em circulação no país até o início dos anos 1990.

Entre esses bens estão as nove casas que Ivan ajudou a construir. Elas ficam na beira da malha férrea, no trecho entre as goianas Luziânia e Cristalina, a pouco mais de 70km de Brasília. Os imóveis foram erguidos seguindo o padrão das vilas de ferroviários espalhadas pelo país no século passado. Eles têm três quartos, sala, cozinha, banheiro e telhas — essas fabricadas pela RFFSA. Por 25 anos, abrigaram funcionários da estatal baseados na Estação Calambau. O nome é o mesmo da localidade onde está instalada, em meio ao cerrado do território de Luziânia. Assim como o extenso prédio que servia de dormitório a ferroviários em trânsito, as casas acabaram abandonadas em 1994, quando o último trem de passageiros passou por aqueles trilhos e o serviço de cargas foi transferido para uma empresa privada.

Sem o controle da RFFSA, as vilas perderam seus colégios, mercadinhos e moradores. No caso da Calambau, as nove casas foram desocupadas imediatamente. Outras duas, construídas um pouco mais distante dos trilhos para receber os chefes da estação e seus familiares, ficaram aos cuidados de Jaci Correia, ex-eletricista da RFFSA, hoje com 60 anos. “Quando a Rede foi extinta, já tinha criado meus filhos. Por isso, o fechamento da escola não fazia diferença para nós. Decidi ficar para ter uma chácara, comprada aqui perto”, conta ele, que tem autorização da Rede Ferroviária para ocupar uma das casas. Jaci mantém os dois imóveis em perfeito estado. O mesmo fim não tiveram os demais bens públicos da localidade. A estação e as outras nove casas acabaram saqueadas. Levaram móveis, portas e janelas.

De cinco anos para cá, as casas acabaram invadidas. Alguns fizeram pequenas obras. Outros, remendos. O conjunto está bem diferente do original. E o mato só não toma conta por causa do esforço do vigilante Ivan Abadia. Contratado pelo ex-ferroviário Jaci Correia, ele tenta limpar a área com aplicação de veneno e uma enxada. “Isso era tudo arrumado. O trem (de passageiros) era a nossa única diversão. Era uma agitação quando ele chegava. A gente vinha correndo para ver o povo. Depois (quando deixou de circular), foram deixando de mão e virou isso”, lamenta Ivan, apontando para a estação em pedaços. Cenário parecido com a da outrora charmosa Estação Bernardo Sayão, no Núcleo Bandeirante, onde por mais de duas décadas brasilienses e visitantes embarcaram e desembarcaram.

Puxadinhos
A estação entre o Guará e o Park Way nem de longe lembra o terminal da manhã de 21 de abril de 1968. Durante os festejos de mais um aniversário da capital, a chegada do primeiro trem agitava o Núcleo Bandeirante. Às 10h17, no horário previsto, a locomotiva puxando cinco vagões com passageiros ilustres saídos do Rio de Janeiro foi recebida ao som de A banda, clássico de Chico Buarque. Hoje, a estação — que homenageia o engenheiro pioneiro e amigo de Juscelino Kubitschek — serve de casa a quatro famílias invasoras. A plataforma, sempre cheia de passageiros até 1994, costuma ficar ocupada por carros e roupas penduradas em varal. A memória da ferrovia também foi apagada na maioria das 19 residências onde ex-ferroviários e famílias levam uma vida simples, de cidade do interior.

As construções da RFFSA perderam a originalidade. Obras irregulares com cores de forte tonalidade escondem as fachadas típicas da arquitetura dos anos 1960. Alguns estenderam garagens até o limite com a linha férrea. Invadiram área da União que, por segurança, deveria permanecer livre. Trilhos, patrimônio público, foram roubados. Boa parte virou cerca e pilastra dos puxadinhos. O crime se repete na Rodoferroviária. Construído em 1970, o prédio passou a receber, além de ônibus interestaduais, trens de passageiros e cargas a partir de 1981. Há 15 anos, sofre com o descaso. Os usuários enfrentam sujeira, vazamentos e desconforto. Aos fundos do terminal, no prédio de manobras, ladrões agem impunemente há dois meses, desde que o galpão alugado por uma grande indústria perdeu a vigilância armada.

Com o uso de maçaricos e caminhões-guindaste, segundo trabalhadores da região, mais de 400 metros de trilhos — 200m de cada lado da linha — acabaram saqueados, além de dezenas de dormentes, as madeiras onde se fixa a malha férrea. O Correio constatou o roubo, assim como a destruição do galpão, de onde levaram todo o alambrado, geradores, janelas, portas e material de acabamento. A concessionária da malha férrea Centro-Oeste mantém apenas um segurança para todo o trecho Brasília-Luziânia. A RFFSA não tem um guarda para cuidar do patrimônio à margem dessa linha, que inclui ainda a Estação Jardim do Ingá, perto de Valparaíso (GO), onde apenas as residências da Rede, também ocupadas por antigos ferroviários, continuam imunes ao vandalismo e à ação de criminosos.

Rodeada por casas com paredes descascadas e espremidas em ruelas, era para essa estação que, de carro ou de ônibus, corriam os passageiros que perdiam o trem na Bernardo Sayão ou na Rodoferroviária. “A gente via o sufoco e a alegria do povo. O trem movimentava isso aqui”, recorda, saudosa, Maria Helena Falcão, 58 anos, moradora do Jardim Ingá. Hoje, ela e os vizinhos convivem com o barulho ensurdecedor dos vagões carregados de grãos e combustíveis que passam pelos trilhos gastos, geralmente à noite. Durante o dia, carroças, bicicletas, crianças, velhos e senhoras cruzam a linha férrea.

1- Trens candangos
Por quase três décadas, dois trens cruzaram as linhas férreas do DF levando passageiros. O Expresso Brasil, que ligava Brasília ao Rio de Janeiro, passando por Belo Horizonte, deixou de circular em 1984. Dez anos depois, o Bandeirante, mais moderno e luxuoso, fez a última viagem para São Paulo.

Reativação em estudo
O governo federal anunciou, em 2003, a retomada do transporte de passageiros nos 70km entre o Plano Piloto e Luziânia. O plano, que não previa a troca da linha nem compra de vagões — seriam reformados vagões de propriedade da União, parados em São Paulo —, estava estimado em R$ 15 milhões. Agora, o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), que participou das discussões há seis anos como governador de Goiás, quer a retomada do plano. Ninguém sabe quanto custará a nova proposta de Perillo. Segundo o secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga, o projeto está em estudo e os custos estimados “são altos”. Será preciso trocar toda a rede de trilhos e investir na compra de vagões. “A rede que existe é de 1m (de largura). Mas os técnicos dizem que o trem para transporte de passageiro tem que ter 1,4m”, explicou Fraga.

Trem do Entorno

CORREIO BRAZILIENSE

28/09/09

Reativação em estudo

O governo federal anunciou, em 2003, a retomada do transporte de passageiros nos 70km entre o Plano Piloto e Luziânia. O plano, que não previa a troca da linha nem compra de vagões seriam reformados vagões de propriedade da União, parados em São Paulo, estava estimado em R$ 15 milhões. Agora, o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), que participou das discussões há seis anos como governador de Goiás, quer a retomada do plano. Ninguém sabe quanto custará a nova proposta de Perillo. Segundo o secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga, o projeto está em estudo e os custos estimados são altos . Será preciso trocar toda a rede de trilhos e investir na compra de vagões. A rede que existe é de 1m (de largura). Mas os técnicos dizem que o trem para transporte de passageiro tem que ter 1,4m , explicou Fraga.

domingo, 27 de setembro de 2009

População

VIDA URBANA »
Taxa de fecundidade no Distrito Federal despenca 30% em um anoEm 2008, nasceram 30 mil crianças na capital federal, número mais baixo da década. Cada vez mais, casais optam por um só ou nenhum filho

Helena Mader

Publicação: 27/09/2009 07:16 Atualização: 27/09/2009 08:16

A advogada Tatiana Santos de Aguiar, 35 anos, tem dois irmãos. Os pais do servidor público Antônio Roger Pereira de Aguiar, 37 anos, tiveram três filhos. Na contramão dessa vivência, o casal decidiu seguir por um outro caminho e planejou ao extremo a chegada do filho Guilherme, de um ano e meio. A vontade de ter apenas uma criança em casa era tão grande que Roger se submeteu a uma vasectomia duas semanas após o nascimento do garoto. “Nunca pensamos em outra gravidez. Assim, podemos dar ao Guilherme toda a atenção e investirmos mais no futuro dele”, conta Tatiana.

Tatiana e Antônio planejaram a chegada de Guilherme e não poupam investimentos no único filho - (Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Tatiana e Antônio planejaram a chegada de Guilherme e não poupam investimentos no único filho
A família Aguiar não é exceção. Casais com apenas um filho e até mesmo mulheres que optam por jamais engravidar são cada vez mais comuns. Essa nova mentalidade já é uma realidade em todo o Brasil e, principalmente, nos países de primeiro mundo. A novidade é que as taxas de fecundidade nunca foram tão baixas em Brasília. No ano passado, nasceram 30 mil crianças no Distrito Federal, número 30% inferior ao registrado em 2007. Essa taxa é a mais baixa da década. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram coletados em 2008.

A cobrança por uma maior capacitação profissional e as exigências do mercado de trabalho levam as mulheres a adiar cada vez mais a gravidez. A vontade de fazer um investimento alto na educação das crianças também contribui para os casais terem menos filhos.

Grande festa
Os Aguiar, por exemplo, não poupam investimentos para o filho único. Guilherme tem quatro babás e dispõe de uma brinquedoteca em casa. O primeiro aniversário do menino foi celebrado com uma grande festa, que custou à família R$ 95 mil. “Se tivéssemos mais de um filho, não poderíamos oferecer toda essa estrutura, que eu acho fundamental”, explica a advogada Tatiana. “A vida é muito corrida, o pouco tempo que tenho quero dedicar integralmente a ele”, acrescenta Antônio Roger.

Hilton e Aparecida tiveram Felipe só depois de quitar o apartamento - (Adauto Cruz/CB/D.A Press)
Hilton e Aparecida tiveram Felipe só depois de quitar o apartamento
O número de filhos por mulher também cai ano a ano (veja arte). Na década de 1960, cada família tinha cerca de seis filhos. Nos anos 1990, a média de filhos por família já era de 2,3. Hoje, no Distrito Federal, cada mulher tem, em média, 1,82 filho — índice abaixo da média nacional, que é de 1,95.

Esses dados estão fortemente ligados a uma grande mudança cultural na sociedade. Há 50 anos, era raro encontrar uma mulher que adotasse métodos anticoncepcionais. Mas de lá para cá, mudaram a mentalidade e a realidade do país. Hoje, a presença feminina no mundo do trabalho é forte e, para investir na carreira e nos estudos, a maternidade ficou em segundo plano. De acordo com o IBGE, 57,1% das mulheres brasilienses estão no mercado de trabalho atualmente.

A estatística Tirza Aidar, que integra o Núcleo de Estudos de População da Unicamp, destaca que a redução da taxa de fecundidade foi muito rápida no Brasil. “Aqui, esse fenômeno levou apenas 50 anos. Nos países de primeiro mundo, isso ocorreu de forma mais lenta, o processo durou quase dois séculos”, compara a especialista.

Tirza Aidar destaca uma consequência positiva na redução do número de crianças. “Com isso, fica mais fácil investir numa maior qualidade da escolarização”, afirma a estatística. “A quantidade de casais que não quer ter filhos também tem crescido. As pessoas têm optado por investir na carreira e, assim, adiam o início da vida reprodutiva”, conclui.

A preocupação com a vida profissional foi preponderante para o planejamento familiar da servidora pública Maria Aparecida de Sousa Mendes, 36 anos. Depois do casamento com o analista de informática Hilton Pinheiro Mendes Sobrinho, 38, ela decidiu primeiro quitar o apartamento, passar em um concurso público para, depois, pensar em engravidar e ter o único filho Felipe, hoje com 5 anos. “Foi tudo programado. Eu e meu marido somos de famílias grandes, mas só tivemos um filho porque as coisas hoje são muito diferentes. Temos outras prioridades”, explica Maria Aparecida. A ideia de ter um segundo filho não foi para a frente porque agora é o marido, Hilton, que pensa em fazer concurso público.

Leia a íntegra da matéria na edição impressa do Correio Braziliense.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Templo da Boa Vontade completa duas décadas

ANIVERSÁRIO »O Templo da Boa Vontade, uma das edificações mais bonitas e visitadas de Brasília, completa duas décadas de existência no próximo dia 21

Adriana Bernardes

Publicação: 25/09/2009 07:10 Atualização: 25/09/2009 08:26

Megumi Ishikawa e Frank Zupnek sempre visitam o templo. Parte que mais agrada o casal é a galeria de artes - (Fotos: Rafael Ohana/CB/D.A Press   )
Megumi Ishikawa e Frank Zupnek sempre visitam o templo. Parte que mais agrada o casal é a galeria de artes
A primeira vez que a babá Maria das Graças Barbosa de Paula, 27 anos, moradora de Taguatinga Sul, viu as sete faces da pirâmide do Templo da Boa Vontade, na 915 Sul, ficou impressionada. Ontem, ela conheceu o monumento por dentro. E ficou sem palavras ao percorrer o espiral que culmina exatamente no centro da nave principal, de onde se avista no teto um enorme cristal. “Quando entrei, senti um frio subindo pelas minhas pernas. Nunca vi nada parecido. Vim do Maranhão e nossa cultura é bem diferente”, comparou.

A nave principal apenas dá as boas vindas ao visitante. A música suave, os raios de sol que invadem o salão de forma arredondada e a simplicidade proporcionam uma sensação de tranquilidade. Mas esse e apenas o começo de uma viagem ao encontro de si mesmo e com o Criador, seja lá qual for o nome que se dê a Ele. Até porque, o Templo da Vontade nasceu do sonho de um homem que queria a união povos, independentemente do religião, cor ou condição social.

À direita da entrada principal, o visitante pode descansar em sofás num ambiente decorado com esculturas egípcias e encontra uma lojinha com artigos de mesma origem. Mas essa imagem é apenas uma leve referência ao que ele encontra no subsolo. Para entrar é preciso pagar R$ 2 e colocar uma sapatilha de pano fornecida pelo templo.

Maria das Graças: impressionada com a imponência do monumento - ()
Maria das Graças: impressionada com a imponência do monumento
A escadaria conduz à Sala Egípcia. Toda a decoração segue o estilo do Egito Antigo. As paredes são pintadas. Tecidos finos descem do teto e debruçam sobre cadeiras antigas. Tapetes, esculturas e uma réplica do trono de Tutancâmon, um faraó do Egito Antigo que morreu provavelmente na adolescência, também podem ser apreciados. Os sete céus, pintados no teto da sala, é uma atração à parte. Tem céu estrelado, nublado, claro, para todos os gostos.

Os olhares de Megumi Ishikawa, 71 anos, e do marido dela, o artista plástico Frank Zupnek, 87, já estão treinados. As visitas ao templo são frequentes. E o destino é sempre o mesmo: a galeria de arte, considerada um dos maiores centros culturais de Brasília. Os quase 600 metros quadrados abrigam obras de artistas do mundo todo. Em uma das paredes, um painel doado pelo artista Athos Bulcão. Os jardins e uma fonte de água mineral energizada completam o cenário.

A técnica em informática Angélica Rodrigues, 32 anos, e a irmã Cristiane Fontes, 36, que mora do Rio de Janeiro, visitaram o templo, ontem, pela primeira vez. “O que mais chama a atenção é a paz aqui dentro”, disse Angélica. “Se a pirâmide (1)fosse de cristal, seria parecida com aquela que existe no Museu do Louvre, em Paris”, comparou Cristiane.

Comemoração
Em 21 de outubro, o Templo da Boa Vontade completa duas décadas de existência. É um dos monumentos mais visitados da capital do país (veja quadro). Segundo o Convention & Visitors Bureau em Brasília, de janeiro até 31 de agosto último, o templo recebeu 652.082 pessoas. O aniversário de 20 anos será marcado por uma série de eventos. O primeiro deles será na próxima quarta-feira, a partir das 22h, com uma vigília indígena. Logo depois, o Coral Ecumênico do Templo da Boa Vontade se apresenta e, em seguida, haverá a solenidade de abertura das comemorações.

Para o administrador do templo, Paulo Medeiros, os 20 anos do monumento são uma grande conquista para a humanidade. “É um ambiente de confraternização que independe de religião, da cor ou da condição social. Aqui ninguém sofre qualquer tipo de discriminação”, destacou. Medeiros lembrou ainda que o templo surgiu para unir as pessoas, a política, a ciência, a cultura e a arte em um só espaço. “E principalmente, unir a criatura ao Criador”, disse.

O destaque das festividades em Brasília será no dia 24, quando Paiva Neto, fundador do templo e diretor-presidente da Legião da Boa Vontade, fará uma prece especial pelo fortalecimento das famílias no Brasil e no mundo. O momento ds oração está marcado para as 16h. Toda a programação pode ser consultada no site www.tbv.com.br .

Cristal puro
A pirâmide tem sete faces, 21m de altura e 28m de diâmetro. No cume, tem um cristal puro, extraído em Cristalina (GO).

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Noroeste

Governo vende 29 lotes e arrecada R$ 440 milhões com a terceira licitação do Noroeste

Publicação: 24/09/2009 16:45 Atualização: 24/09/2009 17:26

Dos 30 lotes colocados à venda na terceira licitação do Setor Noroeste, nesta quinta-feira (27/9), 29 foram vendidos. As vendas, ofertadas inicialmente a R$ 360 milhões, renderam R$ 440 milhões aos cofres da Terracap. Um aumento de 23% no preço mínimo estipulado. "Esse é o segundo maior volume de vendas da história da Terracap, o primeiro foi na primeira licitação, quando vendemos 54 projeções por R$ 537 milhões", disse o presidente em exercício da companhia imobiliária de Brasília, Luiz Antônio Reis.

Reis explicou que o dinheiro de todas as três licitações, que já rendeu R$ 1.114.6 bilhão, será usado nas obras de infra-estrutura da Noroeste - orçada em 145 milhões, de outras cidades do DF, na nova rodoviária de Brasília, nas obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e na Copa de 2014.

As vendas, que tiveram início as 10h e terminaram as 12h. A Terracap também ofertou 170 lotes comerciais e residenciais em outros locais, além das projeções do Noroeste. Somente 74 destes foram vendidos. Eles estão localizados em Águas Claras (2), Lago Norte (2), Sudoeste (1), Setor de Áreas Isoladas Sul (2), Setor de Oficinas Sul (1), Ceilândia (27), Gama (2), Guará (5), Planaltina (3), Recanto das Emas (15), Riacho Fundo (1), Samambaia (74), Santa Maria (7), Sobradinho (3), Taquari (1), São Sebastião (21) e Taguatinga (3). Os preços variam entre R$ 3,8 mil, lote comercial com 50m² em Santa Maria, e R$ 19,4 milhões, lote com 21.000m² no Setor de Áreas Isoladas Sul.

O governo autorizou na terça-feira o início das obras de infraestrutura do novo bairro. Inicialmente serão investidos R$ 145 milhões na abertura de ruas, construção de redes de águas pluviais e esgoto, pavimentação asfaltica, implantação de meios-fios, gramados e sinalização das vias. Mas de acordo com o governador arruda serão investidos R$ 300 milhões nas obras para preparar o novo bairro para os futuros moradores. O dinheiro virá da venda das projeções residenciais.

Ciclovias

JORNAL COLETIVO

24/09/09

Sistema pode entrar em vigor já neste ano

Setrans prevê que pelo menos 11 estações de aluguel no Plano comecem a funcionar até dezembro

O projeto que prevê o aluguel de bicicletas para a população do Distrito Federal está mais próximo de ser implantado. O contrato deve ser assinado em outubro com a única empresa que participou da licitação. A Secretaria de Transportes (Setrans) estima que o serviço esteja disponível ainda neste ano, pelo menos na área central de Brasília, onde serão construídas 11 estações. De forma geral, a empresa terá o prazo de 15 meses para construir 50 pontos de locação de bicicletas, após a conclusão da licitação.

Já o preço do aluguel das bicicletas pode não ser atrativo para o usuário do transporte público e pode atrapalhar a adesão ao novo meio de transporte (veja a opinião da população ao lado). O valor da hora da locação poderá girar em torno de R$ 3, mesmo preço de parte das linhas de ônibus urbanos do DF.

Apenas a empresa Serttel Ltda participa da concorrência. A proposta de preço – estimado em R$ 636.544,80 – deverá ser aberta em oito dias e a assinatura do contrato deve ocorrer até o início de outubro. O cronograma do edital estabelece que a área central da cidade seja contemplada em até três meses e, por isso, a secretaria pretende agilizar o processo para que este prazo seja mantido. As Asas Sul e Norte, o Parque da Cidade, Taguatinga, Águas Claras e Ceilândia também serão contempladas.

Segundo o órgão, a construção de ciclovias viabilizará a utilização das bicicletas como meio de transporte. A previsão é de que até o fim de 2010, 300 km de ciclovias sejam construídos. No entanto, parte das áreas que serão contempladas com as estações não possuem espaço físico para a construção, como é o caso da W3. Nestes locais, o secretário Alberto Fraga avalia que a alternativa é implantar faixas exclusivas para ciclistas.

CORREIO BRAZILIENSE

24/09/09

Brasília terá 50 estações de locação de bicicletas até 2010


Serão disponibilizadas ainda este ano no Distrito Federal (DF) 11 estações de locação de bicicletas. Ao todo serão 50 estações, construídas até 2010. A concessão foi orçada pela Secretaria de Transportes em R$ 636.544,80.

A região Central de Brasília, que terá 11 estações, será a primeira a receber os bicicletários. O prazo para implantação do serviço é de três meses. Em seguida, na Asa Sul, em um prazo de seis meses, serão instaladas 12 estações. O Parque da Cidade, a Asa Norte e Águas Claras vão receber 10 bicicletários num período de nove meses. Taguatinga e Ceilândia receberão seis cada. O prazo total para implantação do projeto é de 15 meses.

Ciclovias

Nos últimos dois anos, foram feitos 44 km de ciclovias nas cidades de Samambaia (7.5km), Itapoã (6.5km), Jardim Botânico/São Sebastião (12km), Varjão/Paranoá (12km) e na DF 001/Barragem Paranoá (2km). As próximas obras em execução são as ciclofaixas no Lago Sul (69 km) e Lago Norte (19 km), e as ciclovias na DF 079 (8 km), DF 459 (2,6 km), DF 150 (13km) e EPTG (19km). Outros 80 km estão em fase de projeto. A expectativa é de que até o final de 2010 sejam concluídos 300 km de ciclovias.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Bicicletas

Morador do DF poderá se deslocar de bicicleta
(23/09/2009 - 10:16)

Um novo meio de transporte, ágil e livre de poluentes, deverá ser disponibilizado à população do DF ainda este ano. Assim como acontece nas cidades do Rio de Janeiro e Recife, será possível trocar o carro ou o ônibus por bicicleta. Na tarde de hoje (22), a Comissão de Licitação da Secretaria de Transportes recebeu proposta de habilitação técnica e de preço para a outorga de concessão de 50 estações de locação de bicicletas.

Apenas a licitante SERTTEL LTDA participou da Concorrência Nº 001/2009. A empresa foi considerada habilitada no quesito técnico. A proposta de preço deverá ser aberta em oito dias. Se o valor ofertado for igual ou superior ao mínimo estipulado em edital para a outorga, que é de R$ 636.544,80, a empresa será considerada vencedora. O contrato deverá ser assinado em meados de outubro.

“Pelo edital, a empresa vencedora terá prazo mínimo de três meses para começar a operar, mas vamos tentar agilizar o processo para que as regiões mais congestionadas tenham o serviço ainda este ano”, afirma o Secretário de Transportes, Alberto Fraga.

Após a assinatura do contrato, pelo cronograma estabelecido, a região Central de Brasília será a primeira a ser contemplada, com 11 estações. O prazo para implantação é de três meses. Em seguida, será a vez da Asa Sul. Num prazo de até seis meses serão instaladas 12 estações. O Parque da Cidade, a Asa Norte e Águas Claras vão receber 10 bicicletários num período de nove meses. Taguatinga e Ceilândia receberão seis cada. O prazo total para implantação do projeto é de 15 meses. (Confira a tabela anexa)

REGIÃO

PRAZO

Nº de Estações

Central

3 (três) meses

11

Asa Sul6 (seis) meses

12

Parque da Cidade, Asa Norte
e Águas Claras

9 (nove) meses

10

Estações Móveis

12 (doze) meses

05

Taguatinga15 (quinze) meses

06

Ceilândia

15 (quinze) meses

06

Por um período de cinco anos, prorrogável por mais cinco anos, a empresa vencedora será responsável pela instalação, operação e manutenção das estações. A outorga incluiu ainda a exploração publicitária padronizada nas estações, bicicletas e demais serviços correlatos, remunerável através da locação das bicicletas e da receita adicional de publicidade.

Nos últimos dois anos, o GDF inaugurou 44 km de ciclovias nas cidades de Samambaia (7.5km), Itapoã (6.5km), Jardim Botânico/São Sebastião (12km), Varjão/Paranoá (12km) e DF 001/Barragem Paranoá (2km). As próximas obras em execução são as ciclofaixas, ou sinalização no acostamento, no Lago Sul (69 km) e Lago Norte (19 km), e as ciclovias na DF 079 (8 km), DF 459 (2,6 km), DF 150 (13km) e EPTG (19km). Outros 80 km estão em fase de projeto. A expectativa é de que até o final de 2010 sejam concluídos 300 km de ciclovias.


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Noroeste

Governo assina autorização para obras de urbanização do Noroeste

Publicação: 21/09/2009 17:10


O governador José Roberto Arruda assina nesta terça-feira (22/9) as ordens de serviço que autorizam o início das obras de urbanização do Setor Noroeste. São R$ 145 milhões repassados pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) para financiar as obras de abertura de ruas, pavimentação, meios-fios, gramados, drenagem pluvial e sinalização do bairro.

O dinheiro virá da venda das projeções residenciais. Até hoje a Terracap licitou 64 projeções, 54 delas residenciais. A venda dos lotes já renderam R$ 675 milhões aos cofres públicos.

A terceira licitação já está marcada. A concorrência será no dia 24 de setembro, às 9h, no edifício-sede da Terracap. Serão licitadas 30 projeções de prédios em oito quadras residenciais do Noroeste. Para participar, os interessados devem depositar uma caução no valor correspondente a 20% do imóvel pretendido até o dia 23 de setembro, em qualquer agência do Banco de Brasília (BRB). As projeções serão licitadas individualmente e cada imóvel pode ser pago em até 36 meses. Ganha quem oferecer o maior preço.