quinta-feira, 22 de abril de 2010

Brasília: 2º mercado imobiliário do país



Monitor Mercantil, 22/abr
A capital federal, que nesta quarta-feira completa 50 anos, passa por um momento bastante particular para o setor imobiliário, enquanto se consolida como segundo maior mercado do país, posição que assumiu no ano passado. Com um Valor Global de Vendas (VGV) de R$ 4,2 bilhões, em 2009 Brasília superou o Rio de Janeiro. Agora a cidade fica atrás apenas da capital paulista, que ostenta um VGV de R$ 11,6 bilhões, de acordo com pesquisa do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
Em 2010, as vendas de imóveis devem crescer 20%, de acordo com estimativas do Sindicato da Indústria da Construção do Distrito Federal (SindusCon-DF). No ano passado foi registrado um crescimento de 15%, totalizando 17 mil unidades. Para o presidente do SindusCon-DF, Elson Ribeiro, nos próximos meses o foco das construtoras e incorporadoras na região estará voltado para o setor Noroeste.
"Nesta primeira etapa ainda estão sendo executadas as obras de infra-estrutura. Acredito que o impacto maior virá no segundo semestre, com o início da construção dos prédios", avalia Ribeiro. Enquanto no Rio de Janeiro e em São Paulo a busca por terrenos é feroz, em Brasília a disputa se concentra na última área do plano piloto que ainda não foi desenvolvida, o setor Noroeste. Atualmente, a interrupção temporária da liberação de alvarás para obras no local dificulta o trabalho das empresas que já adquiriram terrenos.
Segundo Luiz Henrique Rimes, diretor nacional de Negócios da João Fortes, incorporadora e construtora carioca que está presente em Brasília desde 1972, o governo local está revendo os projetos aprovados e a liberação de alvarás está suspensa desde o início de abril. "O Ministério Público está questionando a forma como foi feito o processo de aprovação dos projetos e a perspectiva é que essa revisão demore de um a dois meses", informa o executivo, ao ressaltar que a paralisação dos lançamentos na área pode elevar o custo das obras. Rimes considera que a suspensão de alvarás não terá um grande impacto para a empresa em particular, mas preocupa grupos com investimentos no local.
De acordo com o executivo, da previsão de VGV lançado de R$ 540 milhões da João Fortes para a cidade neste ano, R$ 300 milhões estão fora dessa área. "Temos cinco lançamentos previstos para Brasília em 2010, todos com terrenos já comprados" acrescenta. No ano passado, a empresa realizou três lançamentos na cidade. A João Fortes também tem participação em três torres residenciais e está negociando a compra de um terreno com VGV potencial de R$ 200 milhões na cidade satélite de Águas Claras, com expectativa de lançamento para 2011.
Renda e estabilidade
Além da renda per capita alta, praticamente o dobro da média brasileira segundo dados do IBGE, a cidade oferece a vantagem de contar com uma população que em sua maioria é integrada por funcionários públicos - fator que é visto como garantia de baixa inadimplência. Resultado de uma conjunção de fatores positivos, nos últimos nove anos a valorização média dos imóveis na capital federal foi de 20% ao ano, destaca Wildemir de Martini, diretor executivo da imobiliária Lopes Royal, filial da Lopes no Distrito Federal.
"Tudo o que imaginávamos de bom para o mercado imobiliário aconteceu. E Brasília conta com um ponto a favor em relação aos outros estados: 65% de sua massa salarial vem da área pública, uma garantia de estabilidade", diz o executivo, ao estimar que a cidade deve alcançar um VGV de 

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