domingo, 28 de março de 2010

Ceilândia comemora 39 anos de fundação



Cidade nasceu após a criação da Campanha de Erradicação das Invasões – CEI – e acabou ganhando a designação lândia que significa cidade em inglês

Tamanho da Fonte    Manoela Vinente
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  Redação Jornal Coletivo
Os moradores locais ainda têm tempo para jogos ao ar livre na praça e vivem, apesar do crescimento dos bairros, como se estivessem em uma cidade do interior, com qualidade de vidaFoto: Rúbio GuemarãesOs moradores locais ainda têm tempo para jogos ao ar livre na praça e vivem, apesar do crescimento dos bairros, como se estivessem em uma cidade do interior, com qualidade de vida
Em 1969, com apenas nove anos de fundação, Ceilândia já tinha quase 80 mil pessoas, que moravam em barracos que pareciam favelas. No mesmo ano foi criada a Campanha de Erradicação das Invasões (CEI) presidida pela primeira-dama, dona Vera de Almeida Silveira. Em 1971, já estavam demarcados 17.619 lotes, ao norte de Taguatinga nas antigas terras da Fazenda Guariroba, de Luziânia (GO). Para a transferência dos 80 mil moradores, a Novacap fez a demarcação dos lotes em 97 dias, com início em 15 de outubro de 1970.   

Em 27 de março de 1971, o governador em exercício Hélio Prates  lançava a pedra fundamental da nova cidade, hoje local onde está a Caixa-d’água, com o nome de Ceilândia, inspirado na sigla CEI e lândia, de origem norte-americana que significa cidade. A primeira família assentada foi na QNM 23, Conjunto P, Lote 12, Ceilândia Sul.

Em nove meses, a transferência das famílias estava concluída, com as ruas abertas em torno do projeto urbanístico, dois eixos cruzados em ângulo de 90 graus, formando a figura de um barril. Nos primeiros tempos foi um drama. A população carecia de água, de iluminação pública, de transporte coletivo, e lutava contra a poeira, a lama e as enxurradas.

E em 2010, Ceilândia faz 39 anos ainda com muitos problemas de acordo com seus moradores, que reclamam da falta de segurança e da sujeira no centro e nas quadras. Ceilândia hoje é bem movimentada, mas antigamente não se podia andar pelas calçadas da Avenida Hélio Prates por causa dos camelôs, que foram todos retirados e colocados no Shopping Popular. O governo construiu também o restaurante comunitário e posto policial no espaço deixado pelos ambulantes. “Melhorou muito, mas a limpeza nas ruas tem que ter mais atenção da administração”, diz Maria das Graças.  Ontem, aconteceu a 4ª Copa de Futsal, no Sesc de Ceilândia. Hoje, a programação inclui a Corrida do Coração, que chega à 5ª edição, o Desfile Cívico, no Ceilambódromo, e o Campeonato de Futebol Society de Ceilândia, na praça poliesportiva. A expectativa é que cerca de 20 mil pessoas participem da comemoração.

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